O Feijão-carioca alcançou R$ 250 a saca. Setembro começou confirmando a leitura do mercado: menos disponibilidade no campo, estoques reduzidos e empacotadores atuando de mão para boca. Um dos maiores do setor resumiu bem: "quem não tem estoque, compra e só depois vende; vai ser fácil perder dinheiro ou a gôndola". Isso empurra todos para a mesma tendência: buscar alternativas de cor inferior e até testar a oferta de Feijão-rajado como opção.
O Feijão-preto, por sua vez, segue sem reação expressiva. A expectativa em torno dos editais de PEPRO e a presença de estoques da primeira e segunda safra no Paraná mantêm os preços contidos. Negócios de maior volume foram reportados a R$ 130, sinalizando que ainda há caminho até qualquer valorização.
Projeções para os próximos meses
Valorização até dezembro
Os R$ 250 atuais devem ser apenas a base. Com a terceira safra se encerrando e pouco Feijão guardado em câmaras frias, o mercado tende a testar a resistência do consumidor, podendo alcançar R$ 260 em Minas Gerais e Goiás ainda neste mês.
Oferta restrita de nota 9+
No primeiro momento, a escassez de lotes de alta qualidade amplia o diferencial de preço em relação ao Feijão comercial (nota 8–8,5). Em seguida, mesmo lotes nota 8 devem valorizar. Quem tiver acima desse padrão poderá negociar pontualmente acima da média.
Internacional sem tração
As exportações diminuíram abruptamente. O que ocorre agora são embarques de contratos fechados há 30 dias, mas novos negócios estão escassos. Isso reduz a saída de volume e reforça que a valorização do mercado virá principalmente do consumo interno.