Mercado com poucos negócios reportados ontem, na base de R$ 220 Noroeste de Minas o Feijão-carioca nota 8,5/9 e o mesmo valor por um Feijão nota 8,5 em Goiás.
O desastre do preço do arroz caro no passado recente e do Feijão também resultaram no óbvio: substituição e agora um artigo publicado em 19 de outubro de 2025 no portal Capitalist, assinado por Lorena de Sousa, lançou luz sobre aquele período que cravou uma virada curiosa no prato do dia a dia dos brasileiros.
Segundo a matéria, com base em mais de 5 milhões de notas fiscais da VR, o macarrão ultrapassou o tradicional arroz com Feijão em ritmo de crescimento entre 2023 e 2025.
O consumo de macarrão teria avançado 14 vezes no período, desempenho 80% acima do arroz e 70% acima do Feijão. O texto também lembra que arroz e Feijão ainda cresceram, em média, cerca de 8%, mas perderam terreno relativo por preço e praticidade.
O bolso ajuda a explicar. O artigo aponta que o arroz chegou a custar até R$ 18 por pacote em 2024 e o Feijão variou de R$ 7 a R$ 10, enquanto o macarrão se manteve em torno de R$ 4 a R$ 5, com menos volatilidade. A matéria ainda relaciona o movimento a pressões de custo no campo e no varejo, além de citar que o IPCA de alimentos acumulou 12,5% entre 2023 e 2024. Resultado prático: previsibilidade pesa, e a massa virou atalho barato, saciando com rapidez quem precisa fechar a conta do mês.
REFLEXÃO - O estudo usa o universo de gastos observados pela VR, que captura um pedaço relevante do consumo, mas não necessariamente todo o varejo alimentar do país. Mesmo assim, o sinal é útil: preço, conveniência e rotina seguem reformatando hábitos. Para quem trabalha com Feijão, o recado não é de pessimismo.
É de ajuste fino. Precisamos comunicar melhor valor nutricional, sabor e versatilidade, atacar pontos de dor do preparo e estimular formatos prontos para consumo, reforçando que Feijão é base de saúde, tradição e saciedade.
Em resumo prático para o Clube Premier
Há troca tática por custo principalmente e praticidade, não abandono do arroz com Feijão.
O caminho de contra-ataque passa por conveniência e comunicação. Feijão pronto de qualidade, porcionado, sem perder textura e sabor, precisa estar mais visível e se aproximar de um custo conveniente.
Monitorar preços e volatilidade continua crucial para não perder o consumidor na gôndola.