Durante a semana, não houve recuo nas vendas, ainda que não tenha sido a semana do meio do mês, período que normalmente não é o melhor para o mercado. As vendas seguiram de forma constante, sem nenhum pico de euforia. Gradualmente, os pequenos empacotadores de Feijão estão perdendo o receio de quedas nos preços do Feijão-preto e do Feijão-carioca. Isso reduziu a pressão sobre os vendedores, especialmente no mercado de Feijão-carioca.
Participei do 10º LAC Conclave, em Nova Delhi, uma iniciativa da Confederação das Indústrias da Índia, com o objetivo de abrir espaço para a exportação dos excedentes de Feijão do Brasil. Demonstrei como o Brasil se destaca como um fornecedor de qualidade em pulses, ganhando reconhecimento internacional. Apesar das manifestações positivas, frequentemente ouvimos: “Sim, vamos fazer”, mas a implementação é lenta. Por isso, propus a criação de um comitê misto, com membros do setor público e privado de ambos os países, limitado a 10 integrantes, para impulsionar debates e ações concretas.
A Índia tem uma necessidade crescente por alimentos, e o Brasil tem capacidade para produzir, mas é crucial que haja uma melhor coordenação para evitar a frustração de investir na produção e, eventualmente, ver as compras reduzirem ou não se concretizarem. Embora o risco nunca seja completamente eliminado, ele pode ser minimizado.
Esse trabalho é para que você, leitor, possa produzir e comercializar com mais tranquilidade. Empreender envolve o gerenciamento constante de riscos. No entanto, o Brasil não aumentará a produção necessária se, do lado dos importadores, não houver um comprometimento claro e responsável com as direções a serem seguidas.
