Descobri por que há tanta citação sobre pistache: por todo lado há bolo, torta, biscoito, sorvete e por aí afora. É importado dos Estados Unidos, mas, nos últimos anos, foi ganhando um enorme espaço junto ao consumidor. Simples: a associação americana de pistaches investiu muito em marketing, artigos e chefs de cozinha brasileiros. E, gente, funciona mesmo!
Por isso, durante o Summit Brazil Superfoods, em Brasília, insisti nesse tema. Temos que conquistar mercado da mesma forma. O mais próximo — e com maior chance de aumento no consumo — é a Índia. Os indianos presentes concordaram que o “Feijão do Brasil” pode criar um case mais impactante do que o pistache teve no Brasil.
E precisamos disso. A Índia importou, em 2023, 1.695.225 toneladas de Feijões do mundo, sendo que, do Brasil, vieram 56.589,7 toneladas — ou seja, 3,34% do total. Já exportamos para lá Mungo Preto, Feijão-Vermelho, Rajado e Caupis do Mato Grosso.
Podemos chegar a 200 mil toneladas talvez ainda este ano.
Enquanto isso, o mercado do Feijão-carioca inicia a semana com perspectiva de retomada na demanda por produto de melhor qualidade. O Feijão de câmara fria chegou a ter seus preços em queda nas últimas duas semanas, com relatos de R$ 250/260, comparados aos R$ 280 do final de abril.
No Paraná, as coisas não vão bem. Na região de Ponta Grossa, produtores têm enviado fotos de lavouras contaminadas com mosaico dourado. Muitas dessas lavouras, de Feijão-carioca — do pouco que foi plantado —, começam a reportar perdas significativas.