Mais uma vez, os números de uma rede de supermercados parceira do IBRAFE no interior de São Paulo confirmam: o consumidor está levando mais Feijão para casa do que no ano passado. Em novembro, o volume vendido cresceu 11,83% sobre o mesmo mês de 2024, o faturamento foi 6,57% maior e a margem do supermercado ficou em 9,09%. Não é um movimento pontual, é algo que vem se repetindo mês após mês.
O pano de fundo macroeconômico ajuda a entender esse cenário. O número de pessoas com carteira assinada chegou a 39,18 milhões, o rendimento médio real está em R$ 3.528 e a taxa de desemprego em 5,4% é considerada pelos economistas como próximo de pleno emprego. Em outras palavras: há mais gente trabalhando, com renda um pouco melhor, em um ambiente de preços do Feijão relativamente estáveis e até baixos nos últimos meses.
O resultado prático é direto: hoje o brasileiro que quiser comer Feijão consegue. Do ponto de vista da cadeia, isso acende duas luzes. A verde, de que o consumo até agora não caiu com a renda maior E a amarela, lembrando que manter esse equilíbrio entre preço de atacado, remuneração ao produtor e competitividade na gôndola será um desafio manter no início do ano que vem exatamente porque tudo indica que os preços terão bons motivos para reação. Ontem foi detectado uma tênue melhora nos preços pagos no interior de São Paulo, que é o principal referencial de preço ao produtor atualmente. Os valores chegaram até pouco abaixo de R$ 250.