Nova cultivar promete agradar todos os elos da cadeia do Feijão

Por: IBRAFE,

11 de março de 2024

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Qualidade do grão desejada pela indústria, produtividade e resistência esperadas pelo produtor, além de caldo que conquista os apreciadores da maior fonte de proteína vegetal na mesa do brasileiro. Essa é a promessa do Instituto Agronômico de Campinas (IAC) para a nova cultivar de Feijão-preto IAC 2358 Unamax, que possui ainda potencial de até 100 sacas por hectare.

A IAC 2358 Unamax, será lançado em maio, mas já vem sendo utilizado por produtores de diferentes regiões do país e passou por testes realizados pelo Instituto Brasileiro do Feijão, Pulses e Colheitas Especiais (IBRAFE).

“Nesta nova cultivar, o IAC buscou desenvolver um material amplamente resistente para as principais raças de antracnose, principalmente para a Região Sul, como Paraná e Santa Catarina, onde ocorre uma ampla diversidade de raças fisiológicas desse patógeno”, comenta Alisson Chiorato, pesquisador do IAC, da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA).

Informação essa comprovada pelo diretor da Coopertradição, em Pato Branco – PR, Nédio Tônus, que chegou a produzir uma média de 65 sacas por hectare. “Tive uma ótima experiência com essa variedade. É uma cultivar que produziu muito bem. Em relação às condições climáticas que tivemos, foi a que mais aguentou e produziu muito bem, mostrando sua resistência”.

Por ter um forte sistema radicular, a IAC 2358 Unamax apresenta tolerância para as principais doenças causadas por fungos de solo. “O Fusarium oxysporum e o Fusarium solani ocorrem muito onde há pivôs antigos, que há anos cultivam feijoeiro, bem como em áreas com alta compactação de solo”, comenta o cientista do IAC, Sérgio Carbonell.

O IAC produz sementes genéticas para atender produtores licenciados de sementes, que totalizam 29 empresas atualmente.

Benefícios além do campo

A IAC 2358 Unamax produz caldo de cor preto achocolatado, exatamente como a indústria empacotadora almeja para este tipo de grão. O teor de proteína é ao redor de 20%, o padrão de outras cultivares já registradas no mercado.

Nos testes realizados pelo IBRAFE, a nova cultivar se mostrou bastante atraente para o consumidor final, uma vez que esse Feijão apresenta excelente resultado no cozimento, com caldo grosso e grãos inteiros. Portanto, tem bom desempenho quando guardado, para uso posterior durante a semana, em geladeira.

Além disso, a cultivar oferece harmonização com defumados, o que faz dele o primeiro na história a ter sido desenvolvido para a feijoada brasileira. O IBRAFE testou e aprovou a recomendação.

“Nossos consumidores vão ficar muito satisfeitos. Além de todos os benefícios, o tempo médio de cozimento é de 12 minutos, o que nos surpreendeu também”, acrescenta Nédio Tônus.

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