Rajado e Vermelho sem contrato “roubam” lugar do Feijão-carioca

Por: IBRAFE,

27 de outubro de 2025

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Começa a ficar bem nítido: a safra de Feijão-rajado e Feijão-vermelho desta terceira safra foi, no mínimo, uma das maiores dos últimos anos. Os contratos absorveram boa parte da produção e foram honrados na casa de R$ 250/260. No entanto, houve plantio relevante fora de contrato em Minas e Goiás, e esse volume apareceu no mercado nos últimos dias entre R$ 180 e R$ 200 a saca. Some-se a isso os Feijões-caupi da Bahia, que vêm abastecendo parte da demanda do Nordeste, e temos um suprimento extra que ajuda a entender por que o Feijão-carioca está abaixo do que o setor esperava para o período.

Agora entra o Feijão-carioca de São Paulo, com cerca de 30 mil toneladas. É ele que vai definir o nível de preço de novembro e início de dezembro. Se o clima permitir colher Feijão 9 para melhor, com umidade e P12 ajustados, haverá compradores de todos os estados em busca desse produto.

Um ponto importante destacado pelo Cepea nesta semana: o ritmo segue lento, com compradores mais retraídos e muita oferta de lotes com umidade fora do padrão. Lotes extras, com P12 acima de 90, continuam raros e valorizados.

O que observar nos próximos 10 dias

Clima na colheita paulista: a qualidade vai decidir o piso.

Giro no varejo: se a indústria voltar a precisar de lote extra, o spread entre “comercial” e “extra” abre novamente.

Intenção de plantio: com o Feijão-carioca insistindo abaixo de R$ 300, já há sinais de redução de área no início de 2026 — tema para monitorar de perto com empacotadores e sementeiros.

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