O mercado de Feijão-carioca segue fluindo bem, com negócios em ritmo moderado, mas sem oscilações bruscas nos preços. Em Minas Gerais, os lotes de melhor padrão (nota 8,5 e acima) se tornam cada dia mais raros, com vendedores na faixa de R$ 220 a R$ 225/saca, enquanto no Mato Grosso negócios pontuais ocorrem entre R$ 190 e R$ 200/saca.
Na Bahia, o valor do Feijão-carioca recém-colhido chega a R$ 225. Já o Feijão-preto continua sob atenção redobrada, sobretudo com a confirmação dos leilões de PEPRO/PEP, que podem dar mais liquidez. No entanto, o efeito nos preços só poderá ser corretamente avaliado após a publicação dos editais da BBM Bolsa Brasileira de Mercadorias.
No Paraná, o destaque da semana passada foi a primeira estimativa oficial da SEAB para a safra 25/26. A projeção é de 111 mil hectares de Feijão na primeira safra, uma queda de 34% em relação ao ano anterior (168 mil ha).
Essa diminuição devolve a área a patamares semelhantes aos de dois anos atrás, o que mostra a perda de espaço para a soja e o milho no verão. Até o momento, apenas 1% da área prevista foi semeada, e o plantio deve continuar até novembro.
Se confirmada, a área pode gerar uma produção estimada em 218 mil toneladas, com produtividade inicial projetada em 2.000 kg/ha e pico de colheita em janeiro de 2026. O Feijão-preto deve continuar sendo a principal escolha dos produtores paranaenses, embora a atratividade do Feijão-carioca e a chegada de variedades de escurecimento lento possam recuperar parte do espaço perdido nos últimos anos. Porém, nós, do IBRAFE, entendemos que é muito cedo para afirmar que a área será 34% menor. Tudo indica que será ainda menor.
