Paraná confirma área 27% menor e 85% plantado

Por: IBRAFE,

31 de outubro de 2025

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Ontem, produtores, agrônomos e comerciantes do Paraná foram unânimes: está cada vez mais raro ouvir relatos de lavouras que estão se saindo bem. O DERAL confirmou redução de 27% na área plantada com Feijão nesta safra — e, mesmo com 85% já plantado, o desenvolvimento preocupa.

Nas últimas semanas, o frio voltou com força. Em algumas regiões, a média das temperaturas está 5 °C abaixo do normal, somada a solos encharcados. Esse combo tem derrubado a germinação e deixado o crescimento das plantas lento e desuniforme. O próprio DERAL registrou esse cenário de baixas temperaturas, umidade excessiva e risco de perdas localizadas, o que exige atenção redobrada ao estande e pode levar a replantios pontuais nas áreas mais frias.

Alguns produtores já optaram por replantar com soja em áreas mais comprometidas.

Veja, na planilha abaixo, o quadro completo dos polos de produção no Paraná e o gráfico com a evolução histórica da área plantada.

O INMET prevê, para novembro, chuvas irregulares e janelas de calor acima da média em parte do Sul.
Na prática: alternância entre encharcamento e secagem rápida, o que pode continuar desuniformizando os talhões e abrindo espaço para doenças, caso o manejo atrase.
A recomendação é manter o planejamento de pulverização e cobertura, respeitando as janelas de solo trafegável.

Mercado e preços

Os relatos de ontem indicam que um pequeno lote recém-colhido em São Paulo chegou a R$ 265/sc, reflexo da escassez de produto novo.
Veja, na planilha, os demais relatos por praça.

Preços CEPEA – 30/10

Minas Gerais – Feijão-carioca
Nota 9 (Belo Horizonte): R$ 243,33/sc (0,00%)
Notas 8–8,5 (Noroeste de MG): R$ 215,26/sc (−0,70%)
Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba: R$ 210,00/sc (estável)

Paraná – Feijão-preto (Tipo 1)
Curitiba: R$ 140,68/sc (−0,31%)
Metade Sul do PR: R$ 133,92/sc (+0,18%)

A semana deve encerrar com estabilidade nos preços e pouca liquidez. O foco do mercado volta-se para o clima e para a confirmação das perdas efetivas no Paraná — que podem definir o comportamento do Feijão até o final do ano.

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