Após mais de 30 dias de queda, o mercado de Feijão-Carioca deu sinais claros de reversão. No Noroeste de Minas, os preços voltaram à base de R$ 230, nível que reacende a confiança dos produtores — especialmente daqueles que estavam mais resistentes em aceitar ofertas abaixo desse valor.
O mais curioso é como a percepção muda rápido: até ontem, o comentário geral era de "muito Feijão no mercado". Hoje, o que se ouve é o oposto — "tem pouco". E, de fato, há um novo elemento na mesa: a escassez de Feijão nota 8. O que aparece com mais frequência agora são dois extremos — lotes muito manchados ou Feijão extra recém-colhido, ainda fora do ponto ideal para empacotamento.
O reflexo disso é direto: os grãos de melhor qualidade tendem a puxar os preços para cima nos próximos dias. A diferença entre um Feijão bom e um Feijão excelente está voltando a ser paga. E quem entendeu isso antes vai colher os frutos.
No caso do Feijão-Preto, o cenário ainda é de menor demanda. Os preços seguem estáveis, girando entre R$ 130 e R$ 140, com pouca oscilação por enquanto.