Feijão e equipe de transição

Bom volume reportado ontem de negócios de Feijão-carioca no interior de São Paulo. Alguns lotes de mercadoria extra seguem a referência de R$ 400 por saca e há lotes de variedades como o Campos Gerais com negócios ao redor dos R$ 380. O repasse para o consumidor está ocorrendo nas redes menores mais rapidamente. Até agora sem maiores sobressaltos, uma vez que foi amplamente divulgado que houve diminuição de área e de produtividade. Mas é possível que, durante o mês de janeiro, na falta de manchetes, a imprensa dedique espaço para a inflação dos alimentos. 
Dentro da equipe de transição há várias alternativas já sendo estudadas para o aumento de produção. Algumas iniciativas são bem conhecidas e passam por preço de garantia, que nunca funcionou adequadamente, uma vez que, na maioria das vezes, quando o produtor colhe e necessita de amparo é que começa o processo burocrático a ser desencadeado até que chegue a solução a quem necessita e o produtor já teve que vender bem abaixo do valor de garantia. 
Dentro do conceito de que há necessidade de incentivo à produção de alimento básico, há também a sugestão e estudos para que se estendam ao PRONAMP dos médios produtores os benefícios em termos de taxas de juros do PRONAF dos pequenos produtores. Este assunto merece atenção de todos do Agro, pois afetará a renda no campo. Toda e qualquer iniciativa pública deve ouvir o setor antes de mais nada. 
Qualquer excedente de Feijão-carioca não tem consumo fora do Brasil, por isso são necessárias políticas públicas que contemplem incentivo ao consumo. Os programas sociais devem ser os primeiros a serem fortalecidos para que escoe a produção sem maiores percalços.