Exportações de Feijões: Brasil entra de vez no mapa global

Por: IBRAFE,

8 de setembro de 2025

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Os números das exportações brasileiras de Feijões mostram uma mudança de patamar pelo segundo ano consecutivo. O total embarcado, até agora, já passa de 277 mil toneladas, volume que nos coloca em posição estratégica entre os grandes fornecedores mundiais.

 A locomotiva desse movimento é o mungo-verde/preto, que sozinho somou 135,7 mil toneladas, praticamente metade de tudo o que saiu do país. Esse Feijão, pouco presente no prato brasileiro, tem forte demanda na Ásia e garante ao Brasil espaço em um mercado que cresce de forma acelerada.

 Na sequência, aparecem o Feijão-preto, com 51,9 mil toneladas, e o caupi, com 52,4 mil toneladas. No caso do Feijão-preto, o protagonismo é paranaense: o mesmo grão que abastece as Feijoadas de quarta e sábado já começa a marcar presença lá fora. O caupi, por sua vez, vem do Cerrado para atender mercados árabes e asiáticos.

 Os outros Phaseolus como rajado, jalo, branco e vermelho, responderam por 36,8 mil toneladas. São variedades de nicho, mas fundamentais para abrir portas em mercados de maior valor agregado, como Europa e América do Norte.

 Mesmo as categorias menores, que somaram pouco mais de 450 toneladas, mostram que há uma diversificação em curso.

 O quadro revela que o Brasil está deixando de ser apenas um grande consumidor interno e passa a disputar espaço no comércio internacional. O Movimento Pró-Feijão projeta alcançar 500 mil toneladas anuais até 2030. Se a curva atual se mantiver, essa meta pode ser batida antes do prazo.

No mercado interno, a semana passada marcou a consolidação de um novo patamar de preços. O Feijão-carioca firmou-se em R$ 230 por saca, e já houve registro de negócios em Minas Gerais a R$ 240 à vista, embora ainda não seja referência por se tratar de pequeno volume.

 No Mato Grosso, as referências passaram a oscilar entre R$ 200 e R$ 210. Já no Feijão-preto, após o anúncio do leilão de PEPRO/PEP, o comportamento dos compradores na sexta e no sábado apontou para a possibilidade de valorização nas próximas semanas.

O que isso significa para os produtores e empacotadores ligados ao Clube Premier?

Que o jogo não é mais apenas doméstico. O mungo abre caminho, o Feijão-preto e o caupi consolidam mercados e os Phaseolus especiais oferecem diferenciação. Para quem tem grãos de qualidade, busque contratos, pois há demanda lá fora esperando.

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