Em palestra sobre estimativas para 2024 durante reunião de treinamento do corpo técnico do IDR Paraná, apresentamos um dado que impressionou a todos. O Brasil importou no ano passado o equivalente a 30 mil hectares de Feijão-preto da Argentina, totalizando cerca de 52 mil toneladas. Somente neste ano, até o dia 30 de julho, já foram importadas 30 mil toneladas, representando um aumento de 30% em relação ao mesmo período do ano anterior. Isso se deve ao fato de que houve um aumento na comercialização de Feijão-preto no primeiro semestre, o que levou os empacotadores a se submeterem à importação.
Devido aos preços elevados do Feijão-carioca durante aquele período, os empacotadores relataram um aumento nas vendas de Feijão-preto. No entanto, não se imaginava que esse aumento seria suficiente para motivar uma importação em maior escala. Atualmente, está sendo bastante difícil encontrar lotes ainda nas mãos dos produtores. Existe, sim, algum estoque nas mãos de poucos cerealistas, que será disponibilizado no momento em que as cotações se ajustarem, segundo os comerciantes.
No mercado do Feijão-carioca, ontem, houve uma notável calmaria. Poucos negócios foram reportados em Minas Gerais, e mesmo diante da resistência dos produtores em aceitar valores abaixo de R$ 220, ocorreram algumas transações por R$ 210. O extenso mês de agosto, com sua característica de concentração de oferta, está se desenrolando com níveis abaixo das expectativas dos produtores. Contudo, até o momento, está se mantendo dentro dos limites possíveis, considerando as colheitas em desenvolvimento em diversos polos de produção.