O IBRAFE adota duas escolhas que unem identidade cultural e correção linguística: escrever Feijão com F maiúsculo e usar hífen em Feijão-carioca. Ambas têm fundamento técnico e normativo.
Escrever Feijão com F maiúsculo é uma decisão editorial que reforça o protagonismo desse alimento na cultura brasileira. Assim como setores como o do Café tratam seu produto com letra maiúscula em documentos oficiais, o IBRAFE faz o mesmo para destacar que o Feijão é mais que uma commodity: é pilar do Prato Feito, símbolo nacional e base da alimentação de verdade que defendemos.
Já o uso do hífen em Feijão-carioca, por exemplo, segue a norma da língua portuguesa definida pela Academia Brasileira de Letras e pelo Acordo Ortográfico. Quando um nome comum forma, com outro termo, uma unidade que indica variedade, tipo ou subespécie, a regra determina o uso do hífen. É o mesmo princípio que vemos em banana-maçã, milho-verde, Feijão-preto ou ervilha-torta. O hífen torna claro que “carioca” é um especificador dentro do gênero Feijão.
Essa padronização não é apenas gramatical; ela é prática. O hífen facilita a indexação em pesquisas, relatórios de mercado, documentos técnicos, contratos e bases estatísticas de instituições como CONAB, IBGE, CEPEA e entidades privadas. Garante que todos , produtores, compradores, empacotadores e pesquisadores, falem a mesma língua ao se referirem às variedades.
Assim, a escrita adotada pelo IBRAFE une cultura, ciência e precisão: Feijão como alimento-símbolo do Brasil, e Feijão-carioca como variedade definida e tecnicamente identificada.