Mesmo com pouca demanda dos empacotadores, os corretores nos polos de produção encontram formas de fazer negócios. Os preços, com pequenas oscilações, demonstram que os produtores estão administrando bem o momento. Um produtor do Noroeste de Minas comentou ontem que só vai olhar o mercado quando observar uma movimentação maior. "Aí, sim, volto a ouvir ofertas. Vender para quem não quer comprar é pedir para ouvir besteira", arrematou ele. Ainda assim, há quem seja vulnerável às manobras para baixar artificialmente as cotações no Brás, em São Paulo. Se você ainda não sabe, a referência que determina quanto vale o seu Feijão é a que é praticada nas fontes e não onde há 2 ou 3 vendedores liquidando seu produto.
No Paraná, há agora um impasse surgindo. Os empacotadores não querem correr riscos com resíduos fora do limite e tentam buscar a corresponsabilidade dos produtores. Mas, enquanto não houver a rastreabilidade, a responsabilidade será objeto de muita discussão. Na verdade, está comprovado que o produtor que não zela por sua produção vai acabar ficando sem espaço para trabalhar. Plantar Feijões é para produtor caprichoso. O mercado ajustará tudo isso via preço. Se o produtor não originar o Feijão comprovando rastreabilidade, estará fadado a vender por preços inferiores, se achar quem compre. Inclusive há a possiblidade de cargas que forem detectadas com resíduos na recepção dos empacotadores e devolvidas tenha o produtor denunciado ao MAPA. Enquanto isso, vivemos um momento de transição e caminharemos para negócios via contrato, assim como a exportação opera.
